Segundo o secretário de Estado de
Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, a proposta é manter em
tratamento pessoas que já passaram por internação em instituições
públicas. “São casos de internações em clínicas terapêuticas, pelo
período médio de seis meses”, afirma.
O benefício ainda não possui data para
valer em todo o estado, no momento apenas dez municípios serão
contemplados. As clínicas aptas a receber os pacientes ainda vão ser
credenciadas, mas ficará a cargo das prefeituras identificar as
famílias beneficiadas. “Saúde pública é sempre para baixa renda. Os Caps
(Centros de Atendimento Psicossocial das prefeituras) já têm
conhecimento das famílias e fará a seleção”, diz Garcia, sem detalhar
quais serão esses critérios.
O pagamento da bolsa será feito com
cartão bancário. A ideia é ampliar a rede de tratamento para dependentes
e, principalmente, a oferta de vagas para internar usuários.
O trabalho contra o crack desenvolvido
pelo governo de São Paulo sofre críticas em razão da falta de vagas,
sobretudo após a instalação de um plantão judiciário no Centro de
Referência de Tabaco, Álcool e Outras Drogas (Cratod), no Bom Retiro,
centro da capital, ao lado da cracolândia. Entre janeiro e abril,
segundo o governo, cerca de 650 pessoas foram internadas após o
atendimento no Cratod.
O pagamento do ‘bolsa crack’ sairá do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento.
Especialista nega ‘bolsa crack’
Em sua coluna no site da Veja, o
jornalista Reinaldo Azevedo entrevistou o psiquiatra Ronaldo Laranjeira,
especialista em dependência química do Brasil que será o
coordenador-geral do Projeto Recomeço que nega a existência do “Bolsa
Crack”.
Segundo Ronaldo Laranjeira o programa
está sendo distorcido. De acordo com ele, o dinheiro não será dado ao
dependente e nem a sua família e sim repassado diretamente à instituição
que prestará o serviço. A família do usuário que estiver em tratamento,
receberá um cartão atestando que o dependente está em tratamento em uma
determinada unidade, segundo o especialista.
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