Bernabé: Não atendimento a pedidos por cargos no governo estaria entre os motivos
Menos efervescente após o retorno de Pedro Bernabé (PDT) ao comando da Prefeitura, uma questão voltou à tona nos bastidores da política em Birigui nos últimos dias: como o chefe do Executivo irá se relacionar com sua base no Legislativo? Quando assumiu o governo, em janeiro, Bernabé estava com uma base de dez vereadores.
Entretanto, após sua volta — graças a liminar obtida para que permaneça no cargo enquanto recorre de decisão que cassou seu mandato por compra de votos — informações extraoficiais dão conta que sua base na Câmara já aparenta sinais de rachadura. Não atendimento a pedidos por cargos no governo estaria entre os motivos.
Uma expectativa é quanto ao relacionamento com o PT, detentor de duas cadeiras na Câmara e partido do presidente da Casa, Paulo Bearari, que teve o gostinho de ser prefeito por 19 dias, durante o afastamento de Bernabé.
GOVERNABILIDADE
Apesar de, com seu retorno, reconduzir Glauco Peruzzo ao posto de secretário de Negócios Jurídicos, Bernabé manteve o vereador Ricardo Kumazawa (PT) na pasta de Indústria e Comércio. Para lembrar, ao assumir a Prefeitura, Bearari demitiu Peruzzo e nomeou Fábio Bertolin, seu aliado, para a Secretaria de Negócios Jurídicos. E foi de Bearari também a indicação de Kumazawa.
Dessa forma, a decisão de Bernabé manter Kumazawa foi vista como estratégica para garantir a governabilidade. Adversário do pedetista nas eleições de 2012, o PT passou a aliado de Bernabé após o prefeito apoiar Bearari na disputa pela Presidência da Câmara.
NEUTRALIDADE
Como Bernabé, Bearari também tem, nesses primeiros dias pós-turbulência política, o desafio de buscar entendimento com a base governista. Enquanto o petista estava na Prefeitura, a Câmara modificou resolução que obrigava parlamentares a prestar contas de gastos com viagens a serviço do Legislativo. Essa exigência era uma bandeira de Bearari. Sem polemizar, o petista quer fazer, nesta semana, reunião para tentar entender as razões da alteração.
Já o vereador José Fermino Grosso (DEM) deve dar dor de cabeça ao presidente. Na próxima sessão, ele pretende questionar o trabalho de Bearari à frente da Câmara até agora.
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